sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Notas já estão disponíveis

Caríssimos,
Chegamos ao fim de nosso semestre. As notas estão lançadas no sistema do Ielusc para verificação. Ninguém ficou em exame e tivemos apenas uma reprovação por freqüência.

Quero aproveita para gradecer a todos pela participação. Acho que a proposta inicial de ser um semestre agradável, cheio de criatividade e novas possibilidades se concretizou, graças a cada um de vocês.

Desejo a todos um belo final de ano e um 2008 pra lá de espetacular.

Faça tudo para ser feliz.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Trabalho Final (apresentações)

- A tabela abaixo apresenta as duplas e os dias de apresentação de cada trabalho.

- As apresentaçõs serão no horário de aula normal, no Anfiteatro do Ielusc. Estará disponível um coputador ligado a um data-show. Quem necessitar de outro tipo de recurso, solicite por comentário a este post até o próximo sábado, dia 17.

- As turmas de sexta e sábado atuarão em conjunto, uma vez que um dos objetivos do trabalho é ampliar a visão do mercado editorial brasileiro.

- Será avaliada não apenas a apresentação, mas a participação no seminário, incluindo a participação nos trabalhos de outros colegas com contribuições e perguntas.

- A ordem das apresentações será estabelecida na hora.

- Que tiver objeção com relação ao dia da apresentação, registre-a por comentário a este post.

- Não se inscreveram com duplas ou escolha de veículos, até o momento:
Suélen, César, Jorge Luiz, Rafael e Vinícius.

- Lembramos que este trabalho é o principal quesito da composição das notas N1 e N2.


Dupla - Veículo - Dia

Luiz Mendes e Michelli -Carta Capital - Sexta, 23
Tatiane e Lindanir - Caras - Sexta, 23
Guilherme e Rafaela - Capricho - Sexta, 23
Tiago e Alexandre - Super Interessante - Sexta, 23
Ana Carolina e Camila -A Notícia - Sexta, 23
Ariane e Francine - Viaje Mais - Sexta, 23
Danile e Rosimeri - Veja - Sexta, 23
Clayton F. e Lorena F. - Rolling Stones - Sexta, 23
Ariadna e Patrícia - Exame - Sexta, 23
Juliano e Ana Laís - Época - Sexta, 23
Charles - Set - Sexta, 23
Marcos e Andressa - Diário Catarinense - Sábado, 24
Pedro - Folha SP - Sábado, 24
Ciro - TPM - Sábado, 24
Nahyara e Cláudio Piauí Sábado, 24
Gabriela e Joana - Marie Clair - Sábado, 24
Dienife e Fabiana - G Magazine - Sábado, 24
Janine e Suzana - Fluir - Sábado, 24
Eva e Lorena Trindade - Bravo! - Sábado, 24
Janice e Carol - Caros Amigos - Sábado, 24
Rayana e Jouber - Placar - Sábado, 24

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Lista de veículos para o trabalho final (escolha por meio de comentário)

Cada DUPLA deverá escolher um veículo da relação abaixo. A “inscrição” será feita através de comentários a este post (escreva simplesmente os nomes que compõem a dupla e o nome do veículo escolhido). Verifique atentamente se algum colega já não escolheu o mesmo veículo, pois neste caso será considerado o comentário feito primeiro.

Se alguém desejar abordar um veículo que não conste na lista, deverá, também através de comentário, solicitar a inclusão QUE SERÁ AUTORIZADA OU NÃO pelo professor.

A ordem de apresentação será estabelecida pelo professor e comunicada através deste blog com antecedência suficiente.

OBS.: Veículos em cinza já foram escolhidos.

1.Diário Catarinense
2. A Notícia
3. Folha de SP
4. O Globo
5. Jornal do Brasil
6. Gazeta Mercantil
7. Valor Econômico
8. Notícias do Dia (edição Joinville)
9. Zero Hora
10. Correio do Povo (Jaraguá do Sul)
11. Veja
12. Época
13. Revista da Semana
14. Caros Amigos
15. Piauí
16. Bravo
17. Cult
18. Playboy
19. Exame
20. VIP
21. Bons Fluídos
22. Gula
23. Vida Simples
24. Trip
25. TPM – Tryp Para Mulheres
26. Capricho
27. Rolling Stones
28. National Geographic
29. Fotografe Melhor
30. Fluir
31. Ana Maria
32. Marie Clair
33. Cláudia
34. Placar
35. SET
36. Você S.A.
37. Viaje mais
38. Terra
39. Quatro Rodas
40. Caras


Trabalho de conclusão do semestre

A avaliação da disciplina Meios Impressos um terá como principal (não o único) componente a apresentação de uma pesquisa sobre um determinado veículo de comunicação impressos(veja lista no próximo post), considerando seu posicionamento de mercado, a linguagem editorial utilizada para dialogar com seu público alvo, suas estratégias de marketing e relacionamento com leitores e, sobretudo, os aspectos de linguagem visual no contexto de cada veículo.
Os trabalhos serão apresentados nos dias 23 e 24 de novembro, impreterivelmente. Nestes dias não haverá aula de Estética, com o professor Silnei. As aulas de sexta e sábado serão com este professor, em sala dotada de recursos audiovisuais e acomodação para as duas turmas da disciplina.
Os trabalhos serão apresentados em duplas ou individualmente. Em hipótese alguma será aceito grupo de três. As duplas podem ser formadas por alunos matriculados em turmas diferentes (sexta e sábado).
Cada dupla terá rigorosos 15 minutos para apresentar seu trabalho, podendo-se valer de data-show e outros recursos que julgar necessário. Caso haja necessidade de algum recurso especial, favor tratar da sua viabilidade com o professo com 2 semanas de antecedência.


Abaixo, uma sugestão de roteiro para os trabalhos:

1- Perfil da publicação
a) Quem é o público alvo?
b) Quais os espaços de diálogo e interação com o público?
c) Como imagina que se constrói a pauta?
d) A publicação se divide em módulos editoriais?

2 - Questões editoriais
a) As pautas são coerentes com a definição de público alvo?
b) As pautas conseguem ser originais e criativas?
c) As reportagens operam com diversidade de fontes?
d) Qual o balanceamento entre material informativo e opinativo?
e) Predominam matérias produzidas pela redação ou oriundas de agências de notícias ou outras revistas?

3 – Sobre a linguagem visual
a) O veículo tem elementos lhe confiram uma identidade própria?
b) A diagramação auxilia o leitor a acessar as informações
c) Os elementos visuais são coerentes com a linguagem verbal?
d) As fotos e/ou ilustrações contribuíram informativamente com a publicação?
e) A publicação usa infográficos e outros recursos para facilitar a comunicação?
f) As fotos/ilustrações complementam as informações do texto?

4 – Sobre as estratégias empresariais
a) Qual a principal fonte de renda da publicação?
b) Há fontes de renda coadjuvantes (promoções, vendas, etc..)?
c) Há estratégias de marketing para comunicar com o público alvo?
d) Há versão on-line da revista? Quais suas características?

As cores no processo gráfico Digital

CONCEITOS

Policromia: Processo de impressão que utiliza as quatro cores da escala de impressão:ciano, magenta, amarelo e preto. Possibilita maior fidelidade cromática com o original.

Cor primária: Cor pura, que não resulta de nenhuma mistura de outras cores.

Cor especial: Diz-se de qualquer tinta com cor ou matiz diferente das cores de seleçãopara policromia. São geralmente especificadas através de escalas especiais de fabricantes de tintasou da escala universal Pantone. Em softwares gráficos, são chamadas spot colors.

Escala de cores: 1. Tabela impressa contendo diversas combinações de tonalidades decores, podendo se referir a tintas, papéis, ou outros materiais utilizados por um designer. 2. Em artes gráficas, as provas do conjunto de cores a ser utilizado em uma impressão, demonstrandoo exato tom e a ordem em que devem ser impressas. Orienta o impressor no controle da impressão decada cor, visando atingir um bom resultado final.

Escala Pantone de cores: Marca registrada de um sistema largamente usado naidentificação de cores para impressão. Existem escalas adequadas tanto para uso de cores especiais(spot colors) como no caso de separação de cores (process color)

FORMAÇÃO DAS CORES

A cor é uma sensação que a luz exerce sobre nossos olhos quando um objeto ou região são iluminados. Na física, a luz nada mais é do que radiação e possui comprimento de ondas diferentes. E as cores são geradas pela mistura dos comprimentos das ondas. Acredita-se que os olhos são sensibilizados por essas ondas e, especialmente, reagem aos comprimentos das ondas do azul, verde e vermelho. Essas cores são a base para todas as outras existentes na natureza. Por isso são conhecidas como cores primárias.Processo aditivo de cores:Três cores visíveis no espectro solar são consideradas as cores básicas: vermelho, verde e azul.O processo aditivo é quando a cor gerada através da luz mistura os comprimentos das ondas que irradiam o vermelho, o verde e o azul. Quando uma cor é adicionada a outra em sua carga máxima de luz, o resultado é branco. Processo subtrativo de cores:No processo subtrativo, a cor é determinada pelos pigmentos. O processo subtrativo é o inverso do processo aditivo. As cores, no processo subtrativo, não são determinadas pelas diferentes emissões de ondas de luz, e sim pela absorção e subtração das cores da luz branca. Isto que dizer que quando a luz branca é direcionada a um objeto, parte desse objeto absorve luz. A parte da luz que não é absorvida é refletida .A partir do processo subtrativo, criou-se o sistema CMYK, usado pelas gráficas, pelas empresas de fotolito, pelas impressoras de nossos computadores. Técnicamente falando, o CMYK é conhecido como processo de impressão em quatro cores. Como este é o processo mais utilizado, a partir de agora, tudo o que você vai ler sobre cores no processo de impressão e artes gráficas será no processo subtrativo de cor.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Aula dos dias 17 e 18 de agosto

Em razão da apresentação de Monografias, as aulas das duas turmas da disciplina ocorerrão no dia 17 (sexta), em atividade conjunta com Estética, do Prof. Silnei. Sábado não haverá aula.
Por favor, procurem na pasta "público" do jornalismo o arquivo Design gráfico do monótono ao entrópico.pdf, que será discutido em aula. Preferencialmente leiam com antecedência.
Para a atividade conjunta, levem materiais especiais: revistas velhas, tesoura e cola.
Até lá.

Diagramação - conceitos básicos

A diagramação segue três características básicas:
1. Texto em colunas, o que facilita muito a leitura nos casos de um espaço muito grande;
2. Pesos diferenciados entre títulos, subtítulos e textos;
3. Alinhamentos: centralização, justificação, à direita ou à esquerda.


O que é uma diagramação criativa?

É aquela que quebra os padrões, mínimos que sejam. Um alinhamento diferenciado, uma distribuição assimétrica ou, ainda, uma interação maior entre imagem e texto.

Organização
Pense organizadamente, dê importância às coisas.
1. Qual o objeto principal da peça? A imagem? Mas se eu tiver duas? Qual delas é a mais importante?
2. E o título? Tem que ficar na direita ou na esquerda da peça? Em cima ou embaixo?
3. Qual a melhor posição para o texto?
Assim que essas respostas estiverem claras em sua cabeça, a organização do layout estará praticamente resolvida.

Equilíbrio e Contraste
Não importa qual seja a forma do layout, os objetos que estão dispostos precisam ter um grau de importância, seja ele simétrico ou assimétrico.
1. Alinhe o bloco de texto com algum outro objeto: pode ser a foto, o título ou os dois;
2. Se você for centralizar o bloco do texto, não centralize apenas ele. Algum outro objeto na peça precisa justificar o porquê do texto estar centralizado;
3. Se você tiver mais de uma foto no layout e elas estiverem com o mesmo grau de importância, procure alinhar uma com a outra na horizontal ou vertical. Se possível, nos dois;
4. Não deixe o logotipo perdido na página. Alinhe o logotipo com algum outro objeto. Texto ou foto, tanto faz;
5. Dê importância às coisas. Não é raro se ver layouts onde título, foto e texto têm o mesmo peso visual;
6. Cuidado com as cores. A escolha pode interferir no equilíbrio da peça. Faça com que ela combine com a imagem principal da peça. Se não tiver a cor predominante na imagem, tente usar a cor do cliente ou do produto. Na dúvida, use o branco.

NOÇÕES BÁSICAS DE PLANEJAMENTO VISUAL
O conjunto de técnicas, conhecimentos e procedimentos que buscam maior eficácia na transmissão visual de mensagens verbais ou não-verbais através dos diversos meios de comunicação seguem quatro princípios básicos:
- Proximidade
- Alinhamento
- Repetição
- Contraste

Proximidade
Para onde os olhos se dirigem? Qual é o caminho que eles seguem? Onde termina a leitura? Após a leitura, para onde os olhos vão?
O propósito básico da proximidade é o de organizar – a “leitura da peça” deve partir de um início bem-definido para um final bem-definido.
1. A ocupação ordenada da página permite espaços livres para o texto “respirar”;
2. Itens agrupados e aproximados uns dos outros são vistos como um conjunto coeso e não como um emaranhado de partes sem ligação. O leitor deve ter uma pista visual imediata da organização e do conteúdo do layout;
3. Itens relacionados entre si devem ser agrupados. Quando vários itens estão próximos, torna-se uma unidade visual, e não várias unidades individualizadas. Isso ajuda a organizar as informações e reduz a desordem;
4. A proximidade implica em uma relação, os itens se tornam uma unidade visual e não várias unidades separadas;
5. Expresse as informações graficamente, agrupando-as. O conceito de proximidade não significa que tudo precise estar próximo; significa que os elementos logicamente conectados, com algum tipo de ligação, também devem estar visualmente conectados.

O propósito básico da proximidade é o de organizar.O que evitar:
1. Evite muitos elementos separados em uma página;
2. Não coloque os itens somente nos cantos e no meio da página;
3. Evite deixar quantidades iguais de espaço em branco entre os elementos;
4. Evite criar qualquer dúvida quanto à relação dos elementos entre si
(ou seja, cada subtítulo, legenda, imagem e etc. devem estar junto a seu respectivo par, criando uma relação de proximidade).

Alinhamento
A unidade é um conceito muito importante no design. Para que todos os elementos da página tenham uma estética unificada, conectada e inter-relacionada, é preciso que haja “amarras” visuais entre os elementos separados. Um alinhamento marcante cria uma aparência sofisticada, formal, engraçada ou séria. Esteja consciente do posicionamento dos elementos na página.

1. Nada deve ser colocado arbitrariamente em uma página. Cada item deve ter uma conexão visual com algo na página, não se pode jogar as coisas na página nos lugares onde houver espaço;
2. Quando os itens são alinhados na página, há uma unidade coesa, mais forte. Mesmo que os elementos estejam fisicamente separados uns dos outros, se estiverem alinhados, haverá uma linha invisível conectando-os;
3. Alinhamento centralizado dá uma aparência mais formal, mais comum e sem brilho. O alinhamento centralizado é o mais usado pelos iniciantes: é muito seguro e a sensação de usá-lo é de conforto;
4. Utilize apenas um tipo de alinhamento de texto por página. O texto deve ser todo alinhado à esquerda, ou à direita, ou centralizado ou justificado. Evite trabalhar com vários alinhamentos de texto numa mesma página;
5. Encontre uma linha e guie-se através dela. Pequenos alinhamentos contribuem para que a página fique visualmente organizada. Se você tiver uma foto ou imagem com uma lateral, ou base, bem forte e marcante, utilize-a com a linha guia colocando o texto alinhado por ela.

O propósito básico do alinhamento é o de unificar e organizar a página.
O que evitar:

1. Evite trabalhar com vários alinhamentos de texto numa mesma página;
2. Evite o alinhamento centralizado, a não ser que seu objetivo seja criar uma apresentação formal e pacata.

Repetição
Quando você cria títulos do mesmo tamanho e mesmo peso, quando coloca um fio ao final de cada página, quando usa o mesmo sinal de tópico em cada listagem, esses são exemplos de repetição criando uma consistência. O jornal é o maior exemplo de repetição; se a cada página não houver elementos comuns à página anterior, perde-se a noção de unidade. A repetição é essencial em documentos de várias páginas.
1. A repetição ajuda a organizar as informações. Ela ajuda a guiar o leitor e unificar as partes distintas da diagramação. A repetição dos elementos estabelece uma continuidade sofisticada;
2. Algum aspecto do design deve repetir-se no material inteiro. Pode ser uma fonte em bold, uma linha, um sinal, algum formato específico, relações espaciais, etc. Qualquer item que se reconheça de imediato;
3. Transforme elementos em símbolos gráficos repetitivos. Aproveite os elementos que você já estiver utilizando para fazer com que o projeto fique consistente. Padronize os títulos com tamanho e peso, por exemplo;
4. Se houver um elemento que seja pertinente, trabalhe com ele. Pode ser uma imagem, uma fonte mais desenhada, etc.: acrescente um elemento novo para criar a repetição ou escolha um simples elemento e o utilize de várias maneiras: diferentes tamanhos, cores, ângulos. Às vezes os elementos não precisam ser necessariamente os mesmos, mas que tenham relação entre eles.

O propósito básico da repetição é unificar e acrescentar interesse visual. Não subestime o interesse visual de uma página: se ela for interessante, sua leitura será mais agradável.
O que evitar:
1. Evite repetir o elemento em demasia, para que ele não se torne enfadonho ou excessivo.
2. Esteja consciente da pertinência do elemento gráfico.
3. Não transforme o elemento num item mais importante que o texto.

Contraste
O contraste é uma das maneiras mais eficazes de acrescentar algum atrativo visual a uma página, criando uma hierarquia organizacional entre diferentes elementos. O importante é que, para que o contraste seja realmente eficaz, ele deve ser forte.
1. Se dois itens não forem exatamente os mesmos, diferencie-os completamente. Cria-se o contraste quando dois elementos são diferentes. Se eles diferem um pouco mas não muito, não acontecerá um contraste mas um conflito;
2. Pode-se alcançar o contraste de várias maneiras: uma letra grande pode-se contrastar com uma pequena; uma fonte light com uma bold; um fio fino com um grosso, uma cor fria com uma quente, uma textura lisa com uma áspera, um elemento horizontal com um vertical; linhas espaçadas com linhas juntas, etc;
3. O contraste é um ponto crítico na organização das informações. O leitor sempre deveria ser capaz de, à primeira passada de olhos sobre um material, compreender exatamente o que ele representa;
4. A maneira mais fácil de trabalhar contraste é através de fontes: corpo da letra, peso e etc. Mas também use fios, espaçamento, fundos e etc;
5. Use o contraste para criar um ponto focal. Estabeleça qual deve ser o item principal, destaque-o com alinhamentos marcantes e aplique proximidade.

O propósito básico do contraste é duplo mas seus objetivos são unificados. Da mesma forma que você usa o contraste para criar um interesse sobre a página, dando uma aparência interessante e atraindo mais a leitura do outro você auxilia na organização das informações, possibilitando uma compreensão instantânea e estabelecendo um fluxo lógico de um item para outro.
O que evitar:
1. Não seja tímido.
2. Evite contrastar uma linha um pouco espessa com uma linha um pouco mais espessa.
3. Evite contrastar um texto marrom com títulos pretos.

Os quatro princípios básicos: Proximidade, Alinhamento, Repetição e Contraste trabalham juntos para criar um efeito total. É raro aplicar-se apenas um dos princípios na elaboração de um documento.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Design Editorial

O texto abaixo foi retirado do site http://www.designgrafico.art.br e é de autoria de Cláudio Prudente. É estimulante para o debate.

Interessante e cativante este assunto. Eu trabalho dentro desta indústria, e é claro que faz parte da minha rotina o exercício constante de ler, discutir, acompanhar temores, soluções e adaptações deste ramo. Mas não sou bobo de arriscar aqui um palpite. Há muitas surpresas, alguns já caíram do cavalo exercitando futurologia nesta área.
Um deles foi Roger Fidler, um respeitável jornalista, designer, professor, executivo por 21 anos da Knight-Ridder, um dos grupos que controlam a comunicação nos EUA. Em 1981 ele comandou um time, dentro da empresa, responsável por criar um substituto ao jornal em papel. Seria um periférico chamado Tablet, leve, barato, com um monitor flat, alimentado com cartões flash vendidos no mercado com a atualização das notícias. Nada muito diferente de um atual notebook ou Palm. O que deu errado? Simplesmente eles não previram o que aconteceria com a internet. O sonho dos donos da empresa era o de ter um produto proprietário, todos pagariam royalties pela invenção. Mas, alguém percebeu a tempo que a banda não ia tocar música só para eles.
Mas não quero fugir da reflexão, e menos ainda de dar alguns palpites. Primeiro: claro, esta indústria ficou velha. Alvin Toffler, notório futurólogo, dizia que a indústria de jornais seria o último negócio com chaminé. Se você entender como ele é feito hoje, percebe isso com mais clareza. O jornal é digital até a gráfica, onde é impresso em um ritmo alucinante, em rotativas automatizadas e robotizadas. As pilhas de jornais saem de esteiras e entram em gôndolas que alimentam caminhões. Daí, até chegar na casa de um leitor, o processo é analógico, no braço, antigo, exige um esforço enorme. Em árvores, combustível e dinheiro.
Mas temos que dar um crédito à resistência desta indústria. Na verdade, olhando a história, ela ainda é jovem. Os jornais, ao menos do jeito que hoje os conhecemos, nasceram com a Linotipo, no final do século XIX. Desde então, em pouco mais de um século, cantaram sua morte em mais de uma ocasião. Quando inventaram o rádio, futurólogos garantiram que a nova mídia, ao permitir divulgar notícias de forma instantânea, grátis, bastava investir em um aparelho, acabaria com os jornais. Inclusive, por garantir a rápida inclusão de amplas camadas populares, que não dominavam o código dos letrados.
Mas não aconteceu. Os jornais cresceram, mais ainda se modernizaram depois do rádio. E o mesmo discurso foi dito com a TV, mas este demorou um tanto para surgir. O jornalismo da TV, em seus primórdios, era uma mera cópia do rádio, apenas com a imagem quase estática de um locutor. Ela parecia destinada às variedades, não ao jornalismo. Mas na década de 70 as coisas começaram a mudar. Câmeras portáteis, agilidade nas coberturas ao vivo, uma nova linguagem passou a dominar o jornalismo e o público gostou, dando audiências inimagináveis antes. Os jornais se preocuparam. E futurólogos voltaram a fazer suas previsões. De imediato, todo o design dos jornais nos anos 80 teve uma enorme influência da linguagem jornalística da TV. Textos curtos (justificavam dizendo que os leitores não tinham mais tempo de ler), muita cor, gráficos. Um exemplo disso: o USA Today, jornal americano criado nesta época. Ele parecia ser a versão impressa da TV.
Venceram a guerra? Não existiu a batalha, de fato. MacLuhan já havia dado as pistas nos anos 70. TV é um meio quente, te domina, você chora com o drama, se envolve, mas ela não consegue aprofundar a informação com a mesma facilidade que um jornal, com seus boxes explicativos, infográficos, seu volume de texto. Esta cópia deixou de ser um mito, mas levou mais de uma década para a ficha cair na cabeça de empresários e de futurólogos. Para alguns poucos, ainda nem caiu.
Hoje, voltaram os temores de perda de mercado com a internet. Faz sentido. Ela vem alterando radicalmente o modelo de vários negócios. Se o rádio tinha som, onde o jornal não podia concorrer, a TV tinha ainda o movimento, a internet, além disso tudo, traz basicamente o mesmo conceito de página. Ela é muito tipografia, texto, colunas, títulos, pontos de entrada, fluxo de leitura em hierarquia no material, tal como revista, jornal. Mário Garcia, um dos mais conhecidos desenhadores de jornais em todo o mundo, discorda, diz que a internet é mais a linguagem do livro. É uma boa e longa polêmica.
Mas ainda vivemos promessas. Embora de respeito. Hoje mesmo no caderno de Informática do Globo há uma excelente matéria que comenta a pesquisa do papel inteligente. Tudo está muito adiantado. Na verdade um chinês (sempre eles), Chien Tang, da Kodak, usou o conceito da eletrofosforecência de compostos orgânicos, para dar origem à fabricação das telas de LEDs orgânicos. Somando o atual estágio de redes WiFi, os RFID (Radio Frequency IDentification) e a recente solução da NEC para baterias, a ORB, de Organic Radical Battery, uma manta de menos de um terço de milímetro de espessura, flexível, dobrável, não inflamável, não explosiva, isenta de compostos tóxicos como metais pesados (níquel, mercúrio, chumbo ou cádmio) e biodegradável por se tratar de um polímero orgânico, temos chances de resolver algo que sempre me pareceu a maior perda com o fim dos jornais (e revistas, se quiserem apostar): a portabilidade. Não há nada de mais confortável que ler em uma rede, ou numa boa poltrona, ou mesmo na cama. Até aqui não imaginava uma traquitana eletrofosforecente me acompanhando neste momento de raro prazer. Mas estou aberto para novos paradigmas.
Sem dúvida é um mundo novo, né? Uma boa aposta, e do bem, eu diria. Precisamos de um planeta mais limpo. Mas por hora, não é um mundo sem designers de notícias, gente que pensa em como melhor trabalhar uma interface para que o que lá esteja dito, melhor dito, visto, pensado. Esta página tanto convive hoje na web como no igual retângulo de papel. E hoje, até muito ao contrário, a volta dos temores de mudanças nos negócios nos jornais, principalmente, favoreceu neste ano a alta no conhecimento do design editorial. Foram muitos os jornais pelo mundo que redesenharam suas páginas, de olho em leitores perdidos para a internet, para novos hábitos. A lista é grande, vamos lembrar do The Guardian, do Le Monde, do Le Figaro, jornais de peso, entre muitos outros. Mudanças em formatos, em conceitos de design.
Designers editoriais vivem um bom momento. Portanto as apostas são grátis. Minhas fichas dizem que muita coisa vai mudar, sem dúvida: já vejo movimentos. Mas seja lá como for, pode até ser um mundo sem papel, mas não será um mundo sem designers.
Abraços,

Cláudio Prudente

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

TÉCNICAS VISUAIS: ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO

O conteúdo e a forma são os componentes básicos, irredutíveis de todos os meios. O conteúdo é fundamentalmente o que está sendo direta e indiretamente expresso; é o caráter da informação, a mensagem.
Na comunicação visual, porém, o conteúdo nunca está dissociado da forma. Uma mensagem é composta tendo em vista um objetivo: contar, expressar, explicar, dirigir, inspirar, afetar. Para se atingir esse objetivo, fazemos escolhas de formatos das mensagens através das quais se pretende reforçar e intensificar as intenções expressivas, para que se possa deter o controle máximo das respostas. A composição é o meio interpretativo de controlar a reinterpretação de uma mensagem visual por parte de quem a recebe. O significado se encontra tanto no olho do observador quanto no talento do criador.

A mensagem e o método
A mensagem e o método de expressá-la dependem grandemente da compreensão e da capacidade de usar técnicas visuais, instrumentos da composição visual. Dominadas pelo contraste, as técnicas de expressão visual são os meios essenciais de que se dispõe para testar as opções disponíveis para a expressão de uma idéia em termos compositivos. Trata-se de um processo de experimentação e opção seletiva que tem por objetivo encontrar a melhor solução possível para expressar o conteúdo. A percepção, a capacidade de organizar a informação visual que se percebe, depende de processos naturais, das necessidades e propensões do sistema nervoso humano. O input visual é fortemente afetado pelo tipo de necessidade que motiva a investigação visual, e também pelo estado mental ou humor do sujeito. Vemos aquilo que precisamos ver.
Pensar, observar, entender, e tantas outras qualidades da inteligência estão associadas à compreensão visual. Mas o pensamento visual não é um sistema retardado; a informação é transmitida diretamente. A força a maior da linguagem visual está em seu caráter imediato, em sua evidência espontânea. Em termos visuais, nossa percepção do conteúdo e da forma é simultânea. É preciso lidar com ambos como uma força única que transmite informação da mesma maneira. Quando adequadamente desenvolvida e composta, uma mensagem visual visual vai diretamente a nosso cérebro, para ser compreendida sem decodificação, tradução ou atraso conscientes. O que você vê, você vê!

Inteligência Visual Aplicada
Qualquer aventura visual, por mais simples, básica ou despretensiosa, implica a criação de algo que ali não estava antes, e em tornar palpável o que ainda não existe. O planejamento cuidadoso, a indagação intelectual e o conhecimento técnico são necessários no design e no pré-planejamento visual. Através se suas estratégias compositivas, deve-se procurar soluções para os problemas de beleza e funcionalidade, de equilíbrio e do reforço mútuo entre forma e conteúdo. O significado visual, tal como é transmitido pela composição, pela manipulação dos elementos e pelas técnicas visuais, implica uma enorme somatória de fatores e forças específicas. A técnica fundamental é, sem dúvida, o contraste: é a força que torna as estratégias compositivas mais visíveis.
O significado, porém, emerge das ações psicofisiológicas dos estímulos exteriores sobre o organismo humano: a tendência a organizar todas as pistas visuais em formas o mais simples possível; a associação automática das pistas visuais que possuem semelhanças identificáveis; a incontornável necessidade de equilíbrio; a associação compulsiva de unidades visuais nascidas da proximidade; e o favorecimento, em qualquer campo visual, da esquerda sobre a direita; e do ângulo inferior sobre o superior. Todos esses fatores regem a percepção visual, e o reconhecimento de como operam pode fortalecer ou negar o uso da técnica. Em sua manifestação visual, a forma compõe-se dos elementos, do caráter e da disposição dos mesmos, e da energia que provocam no observador. A escolha de quais elementos básicos serão utilizados num determinado design, e de que modo isso será feito, tem a ver tanto com a forma quanto com a direção da energia liberada pela forma que resulta no conteúdo. O objetivo analisado e declarado do compositor visual, seja informativo seja funcional, ou aind ambos os tipos, serve de critério para orientar a busca da forma que será assumida por uma manifestação visual.

TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO VISUAL
As técnicas visuais oferecem ao designer uma grande variedade de meios para a expressão visual do conteúdo. Existem como polaridades de um continuum, ou como abordagens desiguais e antagônicas do significado.
As técnicas visuais não devem ser pensadas em termos de opções mutuamente excludentes para a construção ou análise de tudo aquilo que vemos. As técnicas visuais são combináveis e interatuantes em sua utilização compositiva.
Seria impossível enumerar todas as técnicas disponíveis, ou, se o fizéssemos, dar-lhes definições consistentes. Aqui, como acontece a cada passo da estrutura dos meios de comunicação visual, a interpretação pessoal constitui um importante fator. Porém, mesmo com essas limitações, cada técnica e seu oposto podem ser definidos em termos de uma polaridade.

Técnicas antagônicas:

EQUILIBRIO - INSTABILIDADE
SIMETRIA- ASSIMETRIA
REGULARIDADE - IRREGULARIDADE
SIMPLICIDADE - COMPLEXIDADE
UNIDADE - FRAGMENTAÇÃO
ECONOMIA - PROFUSÃO
MINIMIZAÇÃO - EXAGERO
PREVISIBILIDADE - ESPONTANEIDADE
ATIVIDADE - ESTASE
SUTILEZA - OUSADIA
NEUTRALIDADE - ÊNFASE
TRANSPARÊNCIA - OPACIDADE
ESTABILIDADE - VARIAÇÃO
EXATIDÃO - DISTORÇÃO
PLANURA - PROFUNDIDADE
SINGULARIDADE - JUSTAPOSIÇÃO
SEQUENCIALIDADE - ACASO
AGUDEZA - DIFUSÃO
REPETIÇÃO - EPISOCIDADE


EQUILÍBRIO – INSTABILIDADE
Depois do contraste, o equilíbrio é o elemento mais importante das técnicas visuais.Sua importância fundamental baseia-se no funcionamento da percepção humana e na enorme necessidade de sua presença, tanto no design quanto na reação diante de uma manifestação visual. Num continuum polar, seu oposto é a instabilidade. O equilíbrio é uma estratégia de design em que existe um centro de suspensão a meio caminho entre dois pesos. A instabilidade é a ausência de equilíbrio e uma formulação visual extremamente inquieta e provocadora.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Introdução ao alfabetismo visual

Quantos de nós vêem?
Perceber, compreender, contemplar, observar, descobrir, reconhecer, visualizar, examinar, ler, olhar. São processos e funções com inúmeras conotações: da identificação de objetos simples ao uso de símbolos e da linguagem para conceituar, do pensamento indutivo ao dedutivo. O número de possibilidades desta pergunta mostra a própria complexidade do caráter e do conteúdo da inteligência visual.

Visualizar é ser capaz de formar imagens mentais. Lembramo-nos de um caminho seguindo mentalmente uma rota que vai de um lugar a outro e fazemos isso mesmo antes de iniciar o caminho.
A sintaxe visual existe. Há linhas gerais para a criação de composições. Há elementos básicos que podem ser aprendidos e compreendidos, e que podem ser usados, em conjunto com técnicas manipulativas, para a criação de mensagens visuais claras.

Praticamente tudo o que os nossos olhos vêem é comunicação visual: uma nuvem, uma flor, um desenho, um sapato, um cartaz, uma libélula, uma bandeira. Imagens que, como todas as outras, têm um valor diferente segundo o contexto em que estão inseridas, dando informações diferentes. No entanto, entre todas as mensagens que passam através dos nossos olhos, é possível fazer pelo menos duas distinções: a comunicação casual e a intencional.

O que é comunicação casual e comunicação intencional?
Comunicação casual é a nuvem que passa no céu, não certamente com a intenção de nos advertir que vai chover.
Comunicação intencional é, já ao contrário, as nuvenzinhas de fumaça que os índios faziam, nos filmes americanos de faroeste, para comunicar, através de um código preciso, uma informação precisa.
A comunicação casual pode ser livremente interpretada por quem a recebe, seja ela uma mensagem científica ou estética, ou de qualquer outro tipo.
Ao contrário, a comunicação intencional deveria ser recebida na totalidade do significado pretendido pela intenção do emissor.

Anatomia das mensagens visuais.
Expressamos e recebemos mensagens visuais em três níveis:

• representacional – identificação com o real, com a experiência. A realidade é a experiência visual básica e predominante. É a forma como aprendemos sobre coisas, das quais não podemos ter experência direta, através dos meios visuais.

• simbólico — todo o universo de sistemas de símbolos codificados que o homem criou e atribuiu significados. É a simplificação radical, aos mínimos detalhes. O símbolo pode ser qualquer coisa, de uma imagem simplificada a um sistema extremamente complexo de significados atribuídos, a exemplo da linguagem ou dos números. Para o símbolo ser eficaz deve ser visto, reconhecido, lembrado e reproduzido. Exemplos: a letra, o número, “paz e amor”, suástica, cruz vermelha e etc.

• abstrato – aquilo que a gente “enxerga”, seja da forma mais direta ou emocional. É o fato visual reduzido aos seus componentes básicos/elementares, os emocionais e os primitivos. Abstração é uma simplificação que busca um significado mais intenso e condensado. A percepção humana elimina os detalhes superficiais, numa reação à necessidade de estabelecer o equilíbrio e outras racionalizações visuais. A abstração pode existir não apenas na pureza de uma manifestação visual reduzida à minima informação representacional, mas também como abstração pura e desvinculada de qualquer relação com dados visuais conhecidos (arte abstrata).

Todos esses níveis de informação são interligados e se sobrepõem na prática. São divisões feitas mais para o sentido do conhecimento.

Elementos básicos:
• ponto–– unidade visual mínima, o indicador e marcador de espaço. Qualquer ponto tem um grande poder de atração visual sobre o olho, exista ele naturalmente ou tenha sido colocado pelo homem em resposta a um objetivo qualquer.
• linha— quando os pontos estão tão próximos entre sí que não se pode identificá-los individualmente, aumentando a sensação de direção, e a cadeia de pontos se transforma em outro elemento visual distintivo: a linha. A linha pode ser também definida como o ponto em movimento. Ela é o articulador da forma.
• forma— a linha descreve uma forma. Existem três formas básicas: o quadrado, o círculo, e o triângulo equilátero. Cada uma das formas básicas tem suas características específicas, e a cada uma se atribui uma grande quantidade de significados, alguns por associação, outros por vinculação arbitrária, e outros ainda, através de nossas próprias pecepções psicológicas e fisiológicas.
quadrado— enfado, honestidade, retidão e esmero
triângulo— ação, conflito, tensão
círculo— infinitude, calidez, proteção
A partir das combinações e variações infinitas das três formas básicas, derivamos todas as formas físicas da natureza e da imaginação humana.

• direção— todas as formas básicas expressam três direções visuais básicas e significativas:
quadrado— horizontal e vertical
triângulo— diagonal
círculo— curva

Cada uma das direções visuais tem forte significado associativo, sendo um instrumento valioso para criação de mensagens visuais:
horizontal e vertical— equilíbrio
diagonal— instabilidade
curva— abrangência, repetição
• tom— só se consegue enxergar em função da presença ou da ausência relativa de luz. A luz circunda as coisas, é refletida por superfícies brilhantes, incide sobre objetos que têm, eles próprios, claridade ou obscuridade relativa. As variações de luz ou de tom são os meios pelos quais distinguimos óticamente a complexidade da informação visual do ambiente: vemos o que é escuro porque está próximo ou se superpõe ao claro, e vice-versa.
O mundo em que vivemos é dimensional, e o tom é um dos melhores instrumentos que se dispõe para expressar essa dimensão. Mesmo com a perspectiva, a linha não criará, por si só, uma ilusão convincente da realidade; é preciso recorrer ao tom, dando a aparência de realidade através da sensação de luz refletida e sombra projetada.
• cor— o tom com um componente cromático. A cor está impregnada de informação e é uma das mais penetrantes experiências visuais. Cada uma das cores também tem inúmeros significados associativos e simbólicos, oferecendo um vocabulário enorme e de grande utilidade para o alfabetismo visual.
Como a percepção da cor é o mais emocional dos elementos específicos do processo visual, ele tem grande força e pode ser usada com muito proveito para expressar e intensificar a informação visual. A cor não apenas tem um significado universalmente compartilhado através da experiência, como também um valor informativo específico, que se dá através dos significados simbólicos a ela vinculados.

• textura— é o elemento visual que com frequência serve de substituto para as qualidades de outro sentido, o tato. É possível que uma textura não apresente qualidades táteis, mas apenas óticas, como no caso das linhas de uma página impressa, dos padrões de um tecido ou de traços superpostos.

• escala ou proporção— medidas e tamanhos relativos dos objetos. Todos elementos visuais são capazes de se modificar e se definir uns aos outros, ou seja: o grande não pode existir se não existe o pequeno. A escala pode ser estabelecida não só através do tamanho relativo dos objetos, mas também através das relações com o espaço ou ambiente.

• dimensão— é uma representação que depende da ilusão. Em nenhuma das representações visuais da realidade existe uma dimensão real; ela é apenas implícita. O principal artifício para simular a dimensão é através da perspectiva.
• movimento— é um elemento visual implícito, é uma sugestão manifestada visualmente. A sugestão de movimento nas manifestações visuais estáticas é mais difícil de se conseguir sem que ao mesmo tempo se distorça a realidade, mas está implícita em tudo aquilo que vemos, e deriva de nossa experiência completa de movimento na vida.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Bibliografia

RIBEIRO, Milton. Planejamento visual gráfico. Brasília. LGE,7.ed, 1998.

LAGE, Nilson. Jornalismo e Linguagem na Era da Produção Simbólica. Rio de Janeiro, 1991.

SILVA, Rafael Souza. Diagramação: o planejamento visual gráfico na comunicação impressa . Summus. 3.ed. 1985. São Paulo

COLLARO, Antônio Celso. Projeto Gráfico – Teoria e Prática da Diagramação. Sumus Editorial, São Paulo 1996.

HURLBURT, Allen. Layout: o design da página impressa. Nobel, São Paulo, 1999.

GUIMARÃES, Luciano. A cor como informação – a construção biofísica, lingüística e cultural da simbologia das cores. Annablume, São Paulo, 2000.

HARROWER, Tim. The Newspaper Designer’s Handbook. Mc Graw-Hill, 1998.

Conteúdo programático

Reflexões sobre o mercado para as artes gráficas no jornalismo;Artes gráficas x Programação Visual x Projetos Gráficos.

Alfabetismo visual. Os léxicos da linguagem visual. Composição visual: ponto, linha massa. Percepção visual. Equilíbrio, contraste, harmonia

Conceitos gerais de diagramação e seus recursos essencias (alinhamento, proximidade, repetição)

Ferramentas eletrônicas nas artes gráficas (softwares).

Produção gráfica: dominando o processo do planejamento visual ao orçamento. Tipos de papel, fotolitos, chapas, impressão CTP, off-set, rotativas, máquinas planas.Planilhas de orçamento. Regras gerais para fechamentos de arquivos e impressão remota

A cor na comunicação. Aspectos subjetivos da percepção visual. Cores primárias, secundárias e complementares. Cores quentes e frias. Contrastes.

Tipologia. A importância da fonte no planejamento visual. Fontes, famílias, conflitos estéticos. Exercício usando CorelDraw.

Projeto editorial e planejamento visual. Projeto gráfico e diagramação. A produção de projetos para públicos segmentados. Publicações especializadas.

A arte na diagramação. Ilustrações, infografia, imagens produzidas. Exercício de produção de infografia .
Análise de projetos gráficos de jornais e revistas (seminário de alunos)

Objetivos da disciplina

Objetivos
Inserir os alunos no contexto dos meios de comunicação impressos, capacitando-os a trabalhar com a linguagem características destes meios, sobretudo em seus aspectos visuais. Desenvolver competências para compor projetos de publicações impressas.

Ementa
História dos processos de impressão – dos tipos móveis à editoração eletrônica. Tipos de impressão: tipografia, serigrafia, rotogravura, off-set, impressão laser. Tipologia e sua história. Uso de tipologia. O uso da cor nas artes gráficas. Artes gráficas aplicadas ao jornalismo. A linguagem visual do material impresso. Princípios de composição: equilíbrio, contraste, cores.

Metodologia
Aulas expositivas. Aulas práticas em laboratório. Seminários preparados pelos alunos.

Avaliação
Prova teórica de avaliação de aprendizagem. Trabalho de desenvolvimento de um projeto gráfico. Participação e contribuição nas aulas.